quarta-feira, 2 de julho de 2014

O QUE SOMOS AFINAL? (PROFESSORES)



Não é de hoje que vemos vários especialistas em educação e também em outras áreas divagando sobre se somos professores ou educadores ou “sei lá o quê”. E este assunto chega, evidentemente, nas escolas e provocam debates às vezes acalorados ou monólogos sobre este ou aquele pensamento. Geralmente quando alguém defende uma posição os outros preferem não opinar, mesmo pensando de forma diferente. Não por medo ou “preguiça”, mas, via de regra, por não estarem tão convictos assim de sua posição ou mesmo porque não possuem argumentos sólidos para defender seu pensamento. Refletindo sobre o tema, defendo que somos ambos. Sei que é uma posição confortável, pois neste caso é como se ficasse em cima do muro. Mas é porque acredito que além de ensinarmos, querendo ou não, acabamos por educar. Somos professores e educação teria que vir de casa. Mas sabemos que isso não acontece na maioria dos casos. Quem trabalha com crianças pequenas, como na Educação Infantil e no Ensino Fundamental da Primeira Fase creio que me entende melhor. São apenas crianças e em grande parte com problemas familiares graves. Acredito também que na escola somos todos educadores, desde o porteiro até o diretor. Temos que nos ater a tudo que envolve estas crianças para podermos entender o que se passa com elas, mesmo sabendo que na maioria das vezes não vamos resolver seus problemas familiares (sociais). A educação como processo de ensino (formal) e como puro processo de educação (informal) não acontece apenas nas escolas, ela acontece principalmente fora delas. Então, para que tenhamos sucesso, precisamos considerar a criança como um todo e não apenas como embalagem vazia que precisa de conteúdo.

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