Não é de hoje que vemos vários
especialistas em educação e também em outras áreas divagando sobre se somos professores
ou educadores ou “sei lá o quê”. E este assunto chega, evidentemente, nas
escolas e provocam debates às vezes acalorados ou monólogos sobre este ou
aquele pensamento. Geralmente quando alguém defende uma posição os outros preferem
não opinar, mesmo pensando de forma diferente. Não por medo ou “preguiça”, mas,
via de regra, por não estarem tão convictos assim de sua posição ou mesmo
porque não possuem argumentos sólidos para defender seu pensamento. Refletindo sobre
o tema, defendo que somos ambos. Sei que é uma posição confortável, pois neste
caso é como se ficasse em cima do muro. Mas é porque acredito que além de
ensinarmos, querendo ou não, acabamos por educar. Somos professores e educação
teria que vir de casa. Mas sabemos que isso não acontece na maioria dos casos. Quem
trabalha com crianças pequenas, como na Educação Infantil e no Ensino
Fundamental da Primeira Fase creio que me entende melhor. São apenas crianças e
em grande parte com problemas familiares graves. Acredito também que na escola somos
todos educadores, desde o porteiro até o diretor. Temos que nos ater a tudo que
envolve estas crianças para podermos entender o que se passa com elas, mesmo
sabendo que na maioria das vezes não vamos resolver seus problemas familiares
(sociais). A educação como processo de ensino (formal) e como puro processo de
educação (informal) não acontece apenas nas escolas, ela acontece
principalmente fora delas. Então, para que tenhamos sucesso, precisamos
considerar a criança como um todo e não apenas como embalagem vazia que precisa
de conteúdo.
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