terça-feira, 27 de junho de 2023

Pouco foi feito, quando se trata de educação de jovens e adultos.

 INTRODUÇÃO

O presente estudo leva em consideração, a questão das desigualdades existentes, entre a EJA e os demais seguimentos educacionais, com relação às oportunidades existentes na Sociedade. É importante a abordagem desse assunto, levando em consideração o aspecto histórico, para que se possa ter uma visão analítica da educação precária de hoje. Os jovens e adultos optam pela EJA, com a ilusão de terminarem seus estudos mais rápidos e com a intenção de arrumar um emprego melhor. Porém a realidade é cruel, quando a pessoa oriunda da EJA, procura um emprego, ocorre que as limitadas vagas existentes, exige mão de obra especializada, o que sentencia esse jovem ou adulto ao fracasso educacional e profissional.

Ainda cabe o que disse Foucault. Semelhante a situação do Brasil no período de 1910 a 1920:

“A historicidade que nos domina e nos determina é belicosa não lingüística.Relação de poder, não relação de sentido.” (FOUCAULT, 1977, p.6)

Com o crescimento econômico gerado a partir do final da Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, contribuiu para o surgimento de inúmeras mobilizações, culturais, político e sociais que irão marcar a Sociedade brasileira. Esses movimentos influenciaram de igual modo à educação, que era até aquele momento precário, devido ao grande número de analfabetos e a falta de mão de obra especializada.

Um desses movimentos foi a Semana de Arte Moderna de 1922, que mobilizou a classe artística para os problemas relacionados à nação e em busca de sua identidade nacional. Com as influências Européias do pós-guerra e com as idéias que pregavam inovação nos métodos educacionais, surgiu o movimento conhecido como: Escola Nova, baseado nos progressos e nos estudos da psicologia infantil. O que não foi suficiente.

“Descobrem que como homens, já não podem continuar sendo quase-coisas possuídas e da consciência de si como homens oprimidos, vão a consciência de classe oprimida”.   (FREIRE, 2005, p.201).

Permanecia tensa a situação no país, até que culminou na Revolução de 30, movimento que marca a transição da Republica Velha pela Republica Nova. Com isso ocorre também mudanças no sistema educacional, com o decreto: 19.402 de 14 de Novembro de 1930, que criara o Ministério da Educação e saúde, essa uma antiga reivindicação dos educadores brasileiros.

Em 11 de Abril de 1931, foi sancionado o decreto: 19.850, que aprovava o Conselho Nacional de Educação, mesmo com os decretos, muito precisava ser feito pelo ensino popular de 1º e 2º grau. Os educadores resolveram se reunir em Dezembro de 1931 em Conferência Nacional, convocada pela Associação Brasileira de Educação, com a finalidade de discutir as diretrizes da educação popular.

Nessa Conferência foi assinado um convênio estatístico entre Governo e o Estado, para que fosse feita a padronização das normas de ensino.

Outra iniciativa da Conferência, foi à elaboração de um documento assinado pelos mais representativos educadores brasileiros, no documento procuravam traçar diretrizes para uma efetiva política nacional de educação. O documento foi aprovado diante de muitas divergências de opiniões em Março de 1932, o documento ficou conhecido como: O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Um item no documento merece análise: “A educação deve ser um direito de todos, de acordo com suas necessidades, aptidões e aspirações, dentro do principio democrático da igualdade de oportunidades para todos”.

SERÁ QUE ESSE MANIFESTO GEROU IMPACTO IMEDIATO NO PAÍS?

Mesmo com tantas iniciativas, grande parte da nação continuava no analfabetismo. Gadotti tem uma explicação para essa problemática:

“No sistema capitalista a única filosofia tolerada é a filosofia da alienação.O Capital precisa cada vês mais de homens alienados”. (GADOTTI, 2003, p.25).

Somente em 1940, ocorreu à ampliação da educação elementar, o que trouxe avanços importantes no ensino de adultos. Com o término da Segunda Guerra Mundial e o fim da Ditadura Vargas em 1945, ocorreu grande efervescência política, era preciso redemocratizar o país. Era urgente a necessidade de aumentar as bases eleitorais, por isso à educação de adultos, virou prioridade governamental.

Em 1947, aconteceu à primeira “Campanha de educação de adultos”, tal ação previa alfabetização em até três meses. Seguiria a “ação em profundidade”, voltada para a capacitação profissional e desenvolvimento comunitário. Nesse período surgiram inúmeras escolas supletivas, para a população mais carente.

Em 1950, ocorreram inúmeras críticas às propostas de educação de adultos, devido suas deficiências administrativas. Essas críticas convergiram para uma nova visão sobre o analfabetismo do país.

Surge Paulo Freire, educador pernambucano com novas idéias e propostas de alfabetização de adultos, essas propostas visavam à adequação de métodos que respeitasse a diversidade de regiões e pessoas do país.

As propostas de Freire inspiraram os principais programas do governo, no que diz respeito à alfabetização e educação popular de adultos até década de 60.

A Igreja Católica foi de fundamental importância na educação neste período era a principal matriz da educação popular e estava à frente do Movimento de educação de base (MEB), que atuava através de escolas radiofônicas, principalmente no interior do país.

Em 1964, começa o regime militar, com isso foram suspensos grande parte dos projetos educacionais voltados para os adultos. Somente em 15 de Dezembro de 1967, foi criado o Movimento brasileiro de alfabetização, Fundação Mobral, nos termos da lei: 5.379 e acabou extinto pelo decreto: 91.980 de 25 de Novembro de 1985, durou dezoito anos sem alcançar a erradicação do Analfabetismo. Em 1985 foi Instituído a fundação EDUCAR, em substituição ao Mobral.

Durante o tempo de repressão, foi tamanha a falta de liberdade, para isso cabe refletir á analise de Gadotti:

“Isso tudo é um pouco da falência do nosso sistema de ensino voltado para discriminação, incapaz de desenvolver em todos à capacidade de pensar”. (GADOTTI, 2003, p.26)

Passado o período militar ocorreu forte investimento no ensino profissionalizante.

O acesso a Universidade era para poucos e sobrava para a maior parte da nação o ensino técnico profissionalizante e o supletivo. Continuavam mascaradas as relações desiguais de poder manipulando muitos inocentes, Gadotti é otimista quando diz:

“Nossa tarefa, nossa dignidade, nossa liberdade surgem quando, rompendo com o papel de espectador submisso, resignado, quando abandonando o estatuto de objeto modelado pelos conformismos do momento, tomamos a decisão sempre inconfortável de dizer face e de nos situar, interrogar, determinar com exatidão, ir ver, situar-se, todos esses atos de liberdade”. (GADOTTI, 2003, p. 17).

Atendendo ao que determinava a Constituição Federal de 1988, no artigo: 22, inciso: XXIV, em 1996 foi promulgada a Lei de Diretrizes e bases.

Segue a legislação 9.9394 de 1996 e sua bondosa, porém utópica proposta:

Seção:V

Educação de Jovens e adultos

Art. 37 A educação de jovens e adultos será destinada aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas consideradas as características do alunado, seus interesses condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

§ 2º O poder público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola mediante ações integradas e complementares entre si.

§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma de regulamento.

Art.38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular.

§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:

  • No nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;
  • No nível de conclusão do ensino médio, para maiores de dezoito anos .

§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.

Desde 1997, está em vigor o Programa Alfabetização Solidária, que têm como objetivo a redução do índice de analfabetismo e aumentar a oferta pública de Educação de Jovens e Adultos.

Mesmo diante de tantas tentativas, o analfabetismo persiste e cresce no país. É possível a constatação através desse trabalho que o problema da educação de hoje está na história de descaso com a educação e a discriminação da população mais pobre. Os poucos recursos destinados à educação, a baixa remuneração da população, a miséria, é o que favorece a indigência e aumenta a pobreza que assola o país.

As Sociedades atualmente, com raras exceções, são letradas. Porém, as estatísticas afirmam que cerca de 25% da população  brasileira com 15 anos e mais é analfabeta, sendo que a maioria está concentrada na zona rural.(SAUNER, 2009, p.14).

EJA essa é uma proposta educacional de adultos para uma prática política, visando ao engajamento dos grupos populares em ações, que transformem as estruturas, sociais produtoras da desigualdade e da marginalização. Marginalizado é o sentimento que reflete o sentimento desses jovens a partir de quinze anos e adultos que não tiveram condições de estudar no tempo previsto e que recorre a EJA, porém se depara com a proposta utópica de conclusão dos estudos em tempo mínimo. Quando consegue terminar o nível médio e o mesmo tenta uma oportunidade de emprego, verifica que a educação que foi oferecida a ele é insuficiente para a demanda do mercado globalizado e em constante expansão.

Considerações finais:

Pouco foi feito, quando se trata de educação de jovens e adultos. Continuam poucas as propostas, pouco investimento, poucos professores e continua sendo pouco o que é oferecido para quem tem se doado tanto ao desenvolvimento do país.

Estes, que oprimem, exploram e violentam, em razão de seu poder, não podem ter, neste poder, a força de libertação dos oprimidos nem de si mesmos. Só o poder que nasça da debilidade dos oprimidos será suficientemente forte para libertar a ambos. (FREIRE, 2005, p.33)               

Os oprimidos só começam a desenvolver-se quando, superando a contradição em que se acham, se fazem “seres para si”. (FREIRE, 2005, p.184)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº. 9.394, 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, 23 dez. 1996.

FERRAZ DE MELLO SAUNER, Nelita. Alfabetização de Adultos, Rio de Janeiro, 2009.

FREIRE, Paulo.  Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005.

FOUCAULT, Michel.  Microfísica do Poder, 1977.

GADOTTI, Moacir.  Educação e Poder: introdução à pedagogia do conflito. Cortez, 2003.  

LEMME, Paschoal, O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e suas repercussões na realidade educacional Brasileira. Rio de Janeiro, 1984

As crianças autistas podem ser muito inteligentes, criativas e imaginativas.

 

Introdução 

Com o advento da inclusão escolar, nasce a necessidade de exercitar uma nova forma de educar, rompendo com os paradigmas educacionais ora existentes. Podemos considerar que “mudar o paradigma significa, então, pensar: queremos uma educação para todos, não uma educação especial para alguns [...]” PAN (2013, p.140). Para promover a inclusão escolar, é preciso reconstruir o conhecimento a partir do que está acontecendo atualmente na sociedade e repensar as práticas de ensino ora adotadas, oportunizando, assim, as mudanças que forem necessárias. Para que isso ocorra é preciso observar os processos que estão ocorrendo na contemporaneidade. Rouanet (1987) trouxe à tona um importante questionamento acerca do que é a nossa atualidade e sobre o que é possível fazer dentro da realidade em que vivemos de acordo com os acontecimentos que se apresentam.

Neste trabalho, direcionamos o nosso foco para a inclusão dos alunos que se encontram dentro do espectro autista. Um dado importante a se considerar é o fato de que, durante muito tempo, os fatores emocionais foram tidos como a única causa do autismo e por esse motivo a atenção dada ao problema era voltada para o ambiente familiar, a criança era vista como vítima das circunstâncias. De acordo com Rotta e Riesgo (2015), muitas são as evidências científicas da organicidade do autismo. Tais investigações foram feitas em diversas áreas das neurociências. Graças aos avanços dessas pesquisas, hoje, muito pode-se fazer para promover o desenvolvimento da criança autista, tanto clinica, quanto educacionalmente.

Atualmente, fala-se no Transtorno do Espectro Autista (TEA), que se divide em vários níveis de autismo, desde o leve até o mais severo grau. Sendo um transtorno complexo do neurodesenvolvimento, discutiremos a importância de aplicar uma pedagogia transdisciplinar para viabilizar o aprendizado da criança autista, estimulando a conquista de sua autonomia, para que ela seja a protagonista de sua própria história.

Desenvolvimento   

Ao pesquisar a definição de autismo encontramos que:

O autismo é um transtorno complexo e abrangente do neurodesenvolvimento, composto por três principais manifestações: 1) deficit qualitativo na interação social e na comunicação; 2) padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados; e 3) um repertório restrito de interesses e atividades. (RIESGO, 2014 apud DSM-IV-TR, APA 2002).

Dentre as principais características dos autismos destacamos: atraso na linguagem; dificuldades no relacionamento social; repertório restrito de interesses; padrões repetitivos e estereotipados; resistência à mudança; pouca fixação de olhar; hipersensibilidade sensorial; maior interesse por objetos em detrimento de pessoas.

O autista percebe o mundo de maneira diferente das demais pessoas, geralmente, precisa de rotina e isolamento para se sentir seguro. Sentem-se extremamente ansiosos quando não sabem o que esperar de uma situação.

A hipersensibilidade sensorial faz com que ele tenha uma percepção aumentada da realidade, fazendo com que tudo o que envolva os sentidos da visão, tato, audição e paladar o incomode, até mesmo o menor barulho pode desencadear uma crise nervosa, por este motivo é comum encontrarmos autistas que cobrem os ouvidos em ambientes ruidosos.

A criança autista não responde quando chamada, por sua falta de interesse no outro. Somado ao fato do atraso no desenvolvimento da linguagem, muitas vezes, os familiares acreditam que estão diante de um caso de surdez e começam por este viés, sua investigação.

Quando dentro do espectro de grau leve, encontramos indivíduos autênticos e literais. Autistas não entendem metáforas e desconhecem o “fazer social”. Comunicam o que pensam, quando se sentem seguros para fazê-lo.

Como nos contou a professora que foi entrevistada, seu aluno contou, em certa ocasião, que se disserem a ele que vai chover canivete, ele entenderá que vai chover canivete (informação verbal).

Ao pensar nas potencialidades do estudante autista surge uma importante questão: toda criança autista tem condições de frequentar a sala de aula do ensino regular? A está questão, o Neuropediatra Dr. Clay Brites responde que não e justifica:

Existem casos graves de pacientes com TEA que se mordem e se batem muito. Esses alunos precisam de um atendimento terapêutico um pouco mais diferenciado. Lembre-se que cada caso é um caso. A inclusão deve ser positiva. A inclusão deve privilegiar conteúdos pedagógicos. Se houver dificuldade para ensinar, existe o plano educacional individualizado, cuja finalidade é analisar as áreas que o aluno consegue desempenhar ou não. (BRITES, 2018).

Diante do exposto acima, ficou evidente que a inclusão do autista no ambiente escolar deve ser estudada com cuidado e atenção.

Os alunos autistas que tem a oportunidade de frequentar o ensino regular, quando inseridos em um ambiente inclusivo, tem grandes chances de se desenvolver. As crianças autistas podem ser muito inteligentes, criativas e imaginativas. O autista de grau leve tem potencial para encontrar o seu espaço na sociedade e conquistar sua autonomia. A professora entrevistada (2018) relatou que seu aluno tem buscado falar mais abertamente sobre sua situação, diante dos seus colegas. Este é um exemplo claro de desenvolvimento, quando estimulado pela família e pela escola, que devem estar em constante contato e troca de informações sobre o dia a dia da criança no ambiente doméstico e escolar.

Conclusão

Considerando que o autismo é um transtorno complexo, se faz necessário trabalhar com este aluno utilizando uma abordagem transdisciplinar que possibilite uma conversa com os diferentes ramos do saber. Assim, o conhecimento vai se construindo a partir de diferentes perspectivas e saberes.

Quando falamos em educação especial, é importante ter em mente que os educadores precisam acreditar no potencial do aluno e com ele estabelecer um vínculo afetivo, que com o passar o tempo, vai se fortalecendo. Reconhecer nos pequenos avanços, os grandes ganhos.

Promover atividades integrativas e colaborativas estimulando o convívio social da criança autista, lembrando de proporcionar um ambiente agradável, sem muitos ruídos e minimamente previsível para que ele se sinta encorajado a participar ativamente, dentro do seu limite, que deve ser respeitado.

A musicoterapia e o teatro podem ser usadas como ferramentas de socialização desse aluno, uma vez que trabalham a emoção e a imaginação. Através da música é possível desenvolver sua capacidade de perceber o som como um elemento agradável, uma vez que este elemento será inserido gradativamente em seu aprendizado.

O aprendiz autista está na escola regular para aprender. Porém, muito mais do que os conteúdos das matérias, ele tem necessidade de ser ouvido, de ser acolhido quando exposto a uma situação que gere algum tipo estresse, lembrando que ele é bastante vulnerável emocionalmente.

O tempo dele é outro, as dificuldades de aprender são patentes, por este motivo, deve ser concedido a ele um tempo extra a fim de que possa se dedicar com calma à atividade proposta.

Para a realização e um trabalho inspirador que seja focado no desenvolvimento das crianças com necessidades especiais e também dos alunos neurotípicos, devemos ter em mente que [...] “a nossa missão educadora inclui, certamente, o cultivo do amor e do cuidado, a ressureição da fé e o resgate da esperança.” (MORAES, 2016).

Referências

BRITES, Clay. Autismo e Inclusão Escolar: o que fazer?. Disponível em: https://neurosaber.com.br/autismo-e-inclusao-escolar-o-que-fazer/ Acesso em: 22 de jun. 2018.

MORAES, Maria Cândida. Transdisciplinaridade, Criatividade e Educação. Campinas. Papirus: 2016.

PAN, Miriam. O Direito à Diferença: uma reflexão sobre deficiência intelectual e educação inclusiva. Curitiba. Intersaberes: 2013.

RIESGO, R.; Neuropediatria, Autismo e Educação. In: SCHMIDT, C. (Org.). Autismo, Educação e Transdisciplinaridade. Campinas: Papirus, 2014.