quarta-feira, 27 de maio de 2020

ESTRESSE E CUIDADO NA PANDEMIA

Como mães e pais podem se proteger e ter o autocuidado em situação tão estressante? Primeiramente, tratando da própria saúde mental. Um passo importante é reconhecer medos, inseguranças, angústia e outras emoções. É normal ter medo, por exemplo, mas quando ele não é reconhecido pode se expressar de outras maneiras e prejudicar o cotidiano. O autoconhecimento facilita o conhecimento das diversas emoções que nos assaltam e, consequentemente, a maneira de lidar com elas. Sentimentos não reconhecidos podem se transformar em um estorvo.
É também o conhecimento de si que possibilita identificar quais atividades podem auxiliar a pessoa a se distrair, relaxar, a reduzir estresse e ansiedade. Pode ser música, dança, meditação, exercícios de respiração, de ioga, jogos de tabuleiros, filmes etc. Aliás, melhor do que brincar com os filhos, o que eles podem e devem fazer sozinhos, é reunir a família na prática de exercícios. Em geral, a garotada curte isso. O que não podemos é exigir deles comportamentos de adultos nessas atividades.
Mas como encontrar tempo para isso se as crianças exigem e demandam a mãe o tempo todo? Elas precisam ser ensinadas a respeitar o tempo de descanso e trabalho dela! Muitas não aprenderam porque era pequeno o tempo para estar com os filhos e, nesse período, os pais atendiam a todos os chamamentos. Agora é a hora desse aprendizado!
Para as crianças, vale muito colocar um indicador visual, pois torna concreta a ideia da espera, de ter de aguardar. Por exemplo: uma mãe colocou um cone de sinalização na porta do cômodo da casa em que trabalha sempre que precisa fazer reunião ou não pode ser interrompida. Para surpresa dela, funcionou!
Ter um tempo para se apaziguar é importante, e recolher as crianças para dormir antes dos pais possibilita isso. Pode dar trabalho? Pode, por alguns dias, no início. Depois, os pais poderão desfrutar momentos de quietude em casa. Cuidar de si é trabalhoso, sim, mas é o que permite que a saúde, física e mental, seja mantida. Por isso, força e coragem!

sábado, 9 de maio de 2020

CONTAR E RECONTAR HISTÓRIAS

As crianças adoram ouvir histórias. Algumas gostam, especialmente, de interagir durante a leitura, fazendo perguntas ou comentários. Isso é ótimo! Sempre aproveite essa disposição natural, para desenvolver habilidades. Nesta aula, exploramos tal interesse, de modo que os alunos participem e discorram sobre o que ouviram.

Recontar histórias auxilia a desenvolver a fala e a escuta, exercita a imaginação, a concentração e a memória, e ainda contribui para a interação entre as crianças. Exige, também, atenção com a sequência dos fatos e com o espaço onde as ações se desenrolam.

Devido à multiplicidade de competências que exercita, a prática pode ser trabalhada com diferentes idades, por meio da audição ou da leitura de textos. Para o primeiro caso, é preciso apenas que a criança saiba falar e tenha algum vocabulário.

A recontagem de histórias é uma ferramenta importante para o professor verificar, de forma muito simples e direta, a compreensão de seus alunos. A depender da profundidade e fidedignidade do reconto, tem-se uma ótima avaliação do nível de compreensão.

Além disso, o exercício fornece aos alunos ferramentas de estudo. Eles se tornarão capazes, por exemplo, de resumir e de extrair detalhes de um texto. Você pode sempre estimular os estudantes, lembrando-os de informações adicionais, caso eles se esqueçam. Faça perguntas objetivas que os auxiliem a recordar as partes importantes. Ao mesmo tempo, dê-lhes liberdade para recontar.

Escolha histórias que despertem o interesse e a curiosidade das crianças. Utilize, também, livros com imagens, as quais poderão ativar a memória visual. Em geral, a atividade é prazerosa para os estudantes, que costumam estar ávidos para compartilhar com o restante da turma o que entenderam.

Esta estratégia pode ser utilizada para verificar, além da compreensão, outra competência importante: o vocabulário. O aluno não dirá necessariamente as mesmas palavras do texto e, assim, demonstrará seu repertório de fala. Por outro lado, repetir os mesmos termos evidenciará assimilação, memória e precisão. Dessa forma, treina-se também a expressão oral adequada, que pode ser avaliada.

Percebe-se, mais uma vez, como os componentes essenciais para a alfabetização estão interligados. As estratégias que os trabalham simultaneamente são muito importantes para uma aprendizagem coerente e efetiva.

AVAMEC