sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Recai sobre o a escola, família e ao professor a divina arte de encaminhar os rumos da educação

 A educação é o alicerce para o estabelecimento do princípio da unidade da humanidade, apontado por Bahá’u’lláh, fundador da Fé Bahá’í (religião estabelecida em 236 países e territórios do mundo) quando faz referência ao papel da educação: “Considerai o homem como uma mina rica em joias de inestimável valor. A educação, tão somente pode fazê-la revelar seus tesouros e habilitar a humanidade a tirar dela algum benefício”.

O ser humano tem ao seu dispor potencialidades que se encontram latentes, são "minas ricas em joias" que devem ser levadas a refletir sua beleza e opulência através de um método dinâmico de aprendizagem, pois pensar em educação em seu sentido mais amplo refere-se a extrair ou desenvolver o potencial humano a patamares mais elevados do conhecimento e da ação. Um processo que recai sobre os ombros da família, das comunidades, das escolas e dos professores, e que deve ser entendido não com ênfase exacerbada na assimilação e difusão da informação e do conhecimento, mas como um instrumento de construção de capacidade para o desenvolvimento pleno das habilidades acadêmicas e morais que levarão o indivíduo a aplicar seu conhecimento em prol de si e da humanidade.

O reconhecimento sobre uma concepção integral quando Victor Frankl salienta o fato de o ser humano ser constituído por três elementos fundamentais, preconiza refletir sobre o papel do professor, o exercício do magistério e sobre a educação, portanto, como o fio condutor para o desenvolvimento do corpo, da psiquê e do espírito, de modo que as três vertentes do processo tornam-se absolutamente necessárias para a plena realização do homem e consequentemente fundamentando o avanço da civilização.

Enquanto testemunhamos o desequilíbrio da atual estrutura geopolítica, decadência moral, falência das instituições seculares e sucessivas crises em todas as esferas de atuação humana, o exercício do magistério deve ser revestido por um valor e poder especial diante da veemente contribuição dos professores para a prosperidade da humanidade. Conceber a educação como o vetor de construção e avanço de uma civilização leva-nos a atribuir novo significado à posição que o professor tem representado na sociedade: a responsabilidade de fomentar a construção de capacidades em seus estudantes e a importância sem precedentes do amor ao ato de educar. O amor que é a chave mestra deste imensurável desafio.

Recai sobre o a escola, família e ao professor a divina arte de encaminhar os rumos da educação. Por conseguinte as crianças e os jovens da geração atual serão, indubitavelmente, os governantes do futuro, pois são eles as molas propulsoras para uma civilização em constante progresso.

Ao professor cabe carregar em seu mais íntimo ser o seu ideário, a sua missão: passar ao largo os interesses de ordem material, tendo a firme convicção de que seus talentos e habilidades são fatores indispensáveis na tarefa da educação dos povos.

Uma aprendizagem só pode ser considerada de fato efetiva, quando ela ganha sentido para o aprendiz

 A ansiedade, bem como a angústia, impede a aprendizagem. Isso porque uma região do cérebro, responsável pelo processamento das emoções, denominada amígdala, responde às ameaças percebidas, bloqueando o fluxo de informações para os centros de aprendizagem do cérebro, embaralhando os circuitos neurais, impedindo assim a concentração.

O educador, como bom observador das características individuais de seus alunos, pode propiciar uma aprendizagem mais dinâmica e motivadora para a sua turma, através da criação de ambientes favoráveis de aprendizagem.  Atividades de liderança e engajamento comunitário, podem ser eficazes no controle das ansiedades, visto que estimula a concentração na tomada de decisões, o trabalho em equipe mediante ações conjuntas, e a comunicação através do contato com outras pessoas.

A inteligência se desenvolve á partir do momento que nós á estimulamos, que criamos condições para que nossos conhecimentos e habilidades possam ser aprimorados. Para isso, é papel do professor promover atividades desafiadoras, que estimule o aluno á enfrentar seus obstáculos, aprender com os erros e encarar um feedback como uma atitude construtiva e não derrotista ou pessoal.

Vale ressaltar que assim como as pessoas não são iguais, a forma que cada uma delas capta a informação e aprende também não é. Uma aprendizagem só pode ser considerada de fato efetiva, quando ela ganha sentido para o aprendiz, visto que todo o conhecimento passa por uma experiência ao longo da vida. Experiência esta que se modifica a cada nova aprendizagem.

Na sala de aula, o docente ao passar uma atividade que impulsione o aluno a aplicar o seu conhecimento, este sai do conceito da memória e ganha vida, passando a fazer parte da vivência (ou da experiência) deste aluno. É neste processo que se consolidam as aprendizagens. 

Para verificar o grau de  aprendizagem dos alunos, a avaliação é uma importante ferramenta para se obter um feedback. Entretanto, o primordial em um teste ou em uma prova, não está no número de erros e acertos deste aluno, mas na compreensão de onde e de como chegou a determinado resultado, isto o ajudará a ajustar o seu pensamento para que ele possa melhorar (isso significa que o aluno precisa saber mais do que se suas respostas estavam certas ou erradas).

A prática de exercícios físicos auxilia na capacidade de concentração, além de fortalecer a memória, visto que, o exercício aumenta o fluxo de sangue, rico em oxigênio para o cérebro, melhorando assim a capacidade dos alunos de se concentrar.

Uma criança, necessariamente não inicia seu processo de aprendizagens somente quando entra para o jardim de infância. É possível estimulá-la, logo nos primeiros meses de vida, com estímulos, cores, sensações e muito afeto.

Quando somos deparados com novos conhecimentos, o cérebro imediatamente detecta esta informação, verificando em nossa memória se a informação é nova ou se já faz parte do nosso repertório de aprendizagens. Caso seja nova, o cérebro irá desenvolvê-la mediante o fluxo de conexões que possuímos na área cerebral, contextualizando-as á nossas emoções, experiências e pensamentos. Na sala de aula, isso significa que a mudança de rotinas, pedindo aos alunos para considerar  semelhanças e diferenças, levando a turma á passeios, apresentando ao grupo novas brincadeiras e atividades, são exemplos de ações e estímulos para continuar aprendendo.

É importante salientar que todo momento é momento de aprender, e que o que fará de fato a diferença em uma aprendizagem, será a qualidade de situações ou tarefas apresentadas ao aluno, que devem ser desafiadoras e inovadoras, ao ponto de estimular na criança a curiosidade e a motivação para continuar aprendendo, sempre.

As tics aliadas ás boas práticas pedagógicas podem contribuir efetivamente no processo de alfabetização

 A comunicação e a interação são processos pertinentes ao homem, que desde os tempos primórdios dialogavam sobre suas caças e aventuras, através das figuras rupestres. Muitos anos se passaram e com a evolução das tecnologias da informação e comunicação as Tics, as distâncias e as dificuldades de comunicabilidade foram reduzindo assim como, os métodos de aquisição da leitura e escrita. Se antes fazíamos pesquisas nas bibliotecas e aprendíamos a ler o bê a bá nas cartilhas, atualmente a geração dos chamados nativos digitais crescem mexendo em celulares e internet, ou seja, essas ferramentas são de suma importância tanto para o ensino, quanto para a aprendizagem. 

Na sociologia interação social é um conceito que determina as relações sociais desenvolvidas pelos indivíduos e grupos sociais. É a partir desta interação que o homem desenvolve a comunicação e estabelece a criação de redes de relações. No campo da educação diversos autores discorrem sobre a importância das interações sociais para o desenvolvimento e aprendizagem. Embora não tenha se fixado nos aspectos sociais e sim nos fatores biológicos em relação aos estágios do desenvolvimento Piaget (1987) afirma que: “O homem é um ser essencialmente social, impossível, portanto, de ser pensado fora do contexto da sociedade em que nasce e vive”.

Vygotsky (1993) foi um dos maiores representantes da Teoria Sócio-interacionista, nos seus estudos aponta o homem como sujeito social e em constante interação com o meio. Para este autor o desenvolvimento intelectual ocorre a partir de um intenso processo de interação social, ou seja, quando a criança brinca em seu ambiente, ela internaliza instrumentos culturais construindo o seu próprio conhecimento.

As novas tecnologias transformaram as trocas de informações e possibilitaram a interação social de “um para todos" para "todos a todos" aproximando os indivíduos de maneira atemporal. Nas salas de aula a interatividade digital já faz parte do cotidiano de um número pequeno no Brasil. Embora o acesso a tablets, computadores, leitores digitais e celulares ainda seja restrito a poucos, muitos professores já perceberam a importância que as TiCs tem no processo de aprendizagem. Para Kenski (2012) a introdução das novas tecnologias como instrumento para aprendizagem modificam comportamentos e o saber de maneira muito rápida.

Um saber ampliado e mutante caracteriza o estágio do conhecimento na atualidade. Essas alterações refletem-se sobre as tradicionais formas de pensar e fazer educação. Abrir-se para as novas educações, resultantes de mudanças estruturais nas formas de ensinar e aprender possibilitadas pela atualidade tecnológica, é o desafio a ser assumido por toda a sociedade. (KENSKI, 2012, p. 41).

As tics aliadas ás boas práticas pedagógicas podem contribuir efetivamente no processo de alfabetização. De acordo com a educadora e presidente do Sindicato das Escolas Privadas do Amazonas (Sinepe/Am), Elaine Saldanha, (2017) “Enquanto estão mexendo em um computador ou tablet, as crianças desenvolvem a concentração e o raciocínio lógico". Nessa fase é preciso que o professor estimule os alunos a conhecer o alfabeto de maneira lúdica e criativa, por isso deve implementar nas aulas, sites e aplicativos voltados para leitura e escrita. Antes de tudo, é preciso identificar em qual hipótese silábica o aluno se encontra para que sejam divididos em grupos.  Na sala de informática estimular o acesso a plataformas como: O pé de vento, site com jogos, músicas, contação de histórias e conteúdos, nele o jovem aprende com aventuras de todos os tipos. Voltada para alunos do primeiro ano, a ferramenta reúne diferentes atividades. O HagáQuê desenvolvido pelo Instituto de Computação da Unicamp, é um software educativo de apoio a alfabetização e ao domínio da linguagem escrita, que auxilia as crianças a criarem histórias em quadrinhos.