domingo, 15 de janeiro de 2023

O homem autêntico se ama como é e não como gostaria de ser visto.

 Um dos caprichos da Humanidade é ver cada qual o mal alheio antes do próprio. Por que

condenar nos outros o que desculpamos em nós? Antes de criticar alguém, consideremos se

a própria reprovação não nos pode ser aplicada. Ouando criticais, que dedução se pode

tirar das vossas palavras? A de que vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e

valeis mais que o culpado (ESE, Cap. X item 16). Se nos julgamos superiores àquele que

criticamos é porque ainda somos movidos pelo orgulho, pelo amor-próprio. Eis no fundo o

móvel de nossas palavras. Comprazemo-nos na eventual supremacia de nossas qualidades,

satisfazemo-nos com o capricho do EU SUPERIOR. Ao invés de uma postura

espiritualizada que visa o bem sincero do próximo, estamos antes satisfazendo o nosso

próprio ego. O homem autêntico se ama como é e não como gostaria de ser visto. É isso

que distingue o amor a si do amor-próprio.

Não julgueis para não serdes julgados. (Mt., 7:1)