O mundo muda cada vez mais
rápido, podemos notar isso no nosso dia a dia. Os servidores públicos já foram
estrelas, hoje são vilões, pelo menos para os governantes atuais. Nas décadas
anteriores à Constituição de 1988, não havia estabilidade para os servidores,
nem havia muito interesse em ser servidor público, estes eram “caçados” a laço
para este ou aquele cargo. Não era status ocupar um cargo público, eram funções
consideradas subalternas, de nível inferior. Após a Constituição de 1988, o quadro
começa a mudar, mas antes, os servidores entram na história como responsáveis
pelo atraso do país, pois a burocracia, a morosidade era associada, em partes,
a incompetência dos servidores. Todos nós, fazendo um pequeno exercício de
memória, vamos nos lembrar que os servidores públicos, que na televisão “que
adoram um carimbo”, sempre são representados, via de regra, por homens e
mulheres gordos e de aparência desleixada, para não dizer feios. Com a
informatização dos serviços e os novos concursos, esta realidade mudou um
pouco. Os servidores viraram, como já dito, “estrelas”. O mote das companhas
dos candidatos era a “valorização do servidor público”. Com isso, forma
oferecidos cursos de aperfeiçoamento, melhores salários (nem tão melhores
assim) e plano de carreira em alguns casos. Agora, começamos uma nova era. Os
servidores viraram vilões… Os novos governantes quando falam no corte de
custos, só olham para os salários, os benefícios conquistamos em anos melhores.
Ninguém pensa em cortas seus privilégios, porque benefícios não são
privilégios. É o trabalhador, aquele que está todo dia fazendo a máquina andar
que terá que pagar o preço da inoperância e da incompetência de governos
corruptos e irresponsáveis. Chego a pensar que alguém criou alguma lei
proibindo os servidores públicos de votar, fomos esquecidos ou relegados
novamente a seres inferiores. Não podemos nos deixar abater por questões como
estas, por mais que nos prejudiquem, afinal o contribuinte, aquele que é
responsável direto pelos salários dos servidores, não tem culpa.
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