Reflexão de Natal: o perdão que gera paz
“Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe.
E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe.”
(Lucas 17:3–4)
O Natal chega todos os anos nos lembrando do nascimento daquele que veio ao mundo como expressão máxima do amor de Deus. No entanto, em meio às luzes, encontros e celebrações, também reaparecem feridas antigas, conflitos familiares, mágoas não resolvidas e palavras que ainda doem. É justamente nesse cenário que o ensinamento de Jesus se torna tão atual e necessário.
Ao dizer “olhai por vós mesmos”, Cristo nos chama à responsabilidade interior. O perdão não começa no outro, mas em uma decisão pessoal de não permitir que o ressentimento domine o coração. Jesus reconhece que as falhas existem, que as pessoas erram — inclusive repetidas vezes. Ainda assim, Ele propõe um caminho que rompe o ciclo da violência emocional: o arrependimento sincero e o perdão constante.
Perdoar “sete vezes no dia” não significa ignorar a dor ou fingir que nada aconteceu, mas escolher o amor acima do orgulho, a paz acima do desejo de vingança. Em um mundo marcado por intolerância, divisões e julgamentos rápidos, o perdão se torna um ato revolucionário. Ele cura relações, restaura famílias e devolve leveza à alma.
Neste Natal, o convite é claro: permitir que o amor que nasceu em Belém encontre espaço em nossos gestos cotidianos. Perdoar não é fraqueza; é força. Amar não é esquecer limites; é lembrar que a paz começa quando o coração se dispõe a recomeçar.
Que o nascimento de Cristo nos inspire a sermos mais pacientes, mais humanos e mais compassivos. Que o perdão seja a ponte para a paz, e que o amor continue sendo o maior presente que podemos oferecer uns aos outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário