quinta-feira, 9 de julho de 2020

AULAS: quais os critérios?

Do ponto de vista do processo do ensino e da aprendizagem: certamente, este ano letivo não poderá ser considerado como os outros anos pela comunidade, por isso processos já estabelecidos precisarão ser rediscutidos e reconstruídos. Por exemplo: quais os critérios serão usados para as avaliações? Seria justo avaliar a aprendizagem de alunos igualmente já que muitos não conseguiram se adaptar ao ensino remoto? Como identificar questões emocionais decorrentes da existência da pandemia e do período de isolamento físico interferindo na aprendizagem, e como trabalhar, na escola, com essas situações? Quais metodologias e práticas de ensino inovadoras poderiam contribuir para uma retomada exitosa dos estudos por parte dos alunos e como avaliar o sucesso do uso delas na aprendizagem?
Do ponto de vista sanitário: quais locais da escola os alunos poderão usar, quais deverão evitar e quais não terão acesso de modo nenhum? Como serão administrados os períodos mais críticos, como horário de entrada, intervalo ou recreio e saída? Como garantir o distanciamento físico necessário exigido entre os alunos? Como tratar atitudes rebeldes ao uso da máscara? Como e quando a higiene das mãos deverá ser incentivada e/ou exigida? Que atitudes tomar quando um aluno chega à escola adoentado – não importa que tipo de doença?
Do ponto de vista da cooperação entre a escola e as famílias: os grupos de mães em aplicativos de mensagens podem ganhar objetivos mais nobres do que o atuais? Quais e como? Como administrar e resolver os conflitos que irão surgir? Como chegar a consensos em assuntos importantes para todos? Como debater sem ânimos exaltados? Como estabelecer comunicação não violenta? Há mães e/ou pais que poderiam colaborar com uma hora ou mais na semana para que todos os assuntos decididos sejam praticados?
É um caminho novo para a maioria das escolas e das famílias que só conhecem a chamada parceria de modo nada parceiro. É, também, uma grande chance social que temos para começar um trabalho respeitoso e justo dentro das escolas envolvendo todos os seus segmentos, difícil de ser testemunhado até então. Que tal provocar a escola que seu filho frequenta – ou as famílias de seus alunos – com esse desafio? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário