Li em algum lugar o seguinte “a verdade
é um grande espelho que caiu do céu e se espatifou em milhões de pedaços, cada
um na terra pegou o céu e acha que toda verdade está contida no seu pedacinho”.
Cada um de nós tem a sua verdade, as suas crenças. Falar a verdade é uma
obrigação também, mas a sua verdade, o seu entendimento, pode não ser o meu. Então
dizer que alguém só fala a verdade é o mesmo que dizer que esta ou aquela
pessoa tem sempre razão.
O problema
é que nós brasileiros diante do caos social e ético, queremos empurrar a
educação de nossos filhos para o estado. A “moral e os bons costumes”, como foi
escrito, não foi destruída pelo governo, mas pelas próprias famílias. Quantas
famílias você conhece que tem filhos bem-educados, bem-criados. Quem fez isso?
Foi o estado, os militares ou a própria família? Então, quem é responsável por
isso?
Falar o que a massa, cansada, que ouvir é fácil, isso é
coisa de político populista, mais de esquerda que de direita, difícil é
apresentar propostas concretas que de fato ajudem a combater o crime no país.
Mas tenho que lembrar aqui que diminuição da criminalidade está atrelada não a
mais investimentos em segurança pública somente, mas em educação,
principalmente.
A valorização do magistério, com salários mais
dignos, que propiciem ao mestre a dedicação exclusiva dará de imediato
retorno de qualidade, mas não é só por isso que defendo uma remuneração
digna e também, não é só pensando nos atuais professores, muitos em fim
de carreira. Penso neles também, pois têm uma vida dedicada a esta
causa, contudo, salários mais atraentes vão atrair para a sala de aula
os melhores, os jovens que hoje torcem o nariz para a profissão de
professor, vão repensar vendo que o magistério público lhes oferece uma
opção de carreira, reconhecimento e remuneração condizente com sua
importância. Nessa semana em que falamos da
independência nacional, reafirmamos a ideia de que Pensar a Educação é
uma ótima forma de Pensar o Brasil! Tanto quanto a política e a
economia, suas histórias e suas atualidades, a educação, em sua história
e por meio das grandes questões atuais que sintetiza, nos revelam um
país fragmentado e tão desigual quanto diverso. Ao mesmo tempo, a
educação, como outras dimensões da vida nacional, nos mostra um país em
que as pessoas, muitas pessoas, lutam por direitos, por valorização,
pela recuperação do
Estado de Direito e da Democracia.
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