sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

As tics aliadas ás boas práticas pedagógicas podem contribuir efetivamente no processo de alfabetização

 A comunicação e a interação são processos pertinentes ao homem, que desde os tempos primórdios dialogavam sobre suas caças e aventuras, através das figuras rupestres. Muitos anos se passaram e com a evolução das tecnologias da informação e comunicação as Tics, as distâncias e as dificuldades de comunicabilidade foram reduzindo assim como, os métodos de aquisição da leitura e escrita. Se antes fazíamos pesquisas nas bibliotecas e aprendíamos a ler o bê a bá nas cartilhas, atualmente a geração dos chamados nativos digitais crescem mexendo em celulares e internet, ou seja, essas ferramentas são de suma importância tanto para o ensino, quanto para a aprendizagem. 

Na sociologia interação social é um conceito que determina as relações sociais desenvolvidas pelos indivíduos e grupos sociais. É a partir desta interação que o homem desenvolve a comunicação e estabelece a criação de redes de relações. No campo da educação diversos autores discorrem sobre a importância das interações sociais para o desenvolvimento e aprendizagem. Embora não tenha se fixado nos aspectos sociais e sim nos fatores biológicos em relação aos estágios do desenvolvimento Piaget (1987) afirma que: “O homem é um ser essencialmente social, impossível, portanto, de ser pensado fora do contexto da sociedade em que nasce e vive”.

Vygotsky (1993) foi um dos maiores representantes da Teoria Sócio-interacionista, nos seus estudos aponta o homem como sujeito social e em constante interação com o meio. Para este autor o desenvolvimento intelectual ocorre a partir de um intenso processo de interação social, ou seja, quando a criança brinca em seu ambiente, ela internaliza instrumentos culturais construindo o seu próprio conhecimento.

As novas tecnologias transformaram as trocas de informações e possibilitaram a interação social de “um para todos" para "todos a todos" aproximando os indivíduos de maneira atemporal. Nas salas de aula a interatividade digital já faz parte do cotidiano de um número pequeno no Brasil. Embora o acesso a tablets, computadores, leitores digitais e celulares ainda seja restrito a poucos, muitos professores já perceberam a importância que as TiCs tem no processo de aprendizagem. Para Kenski (2012) a introdução das novas tecnologias como instrumento para aprendizagem modificam comportamentos e o saber de maneira muito rápida.

Um saber ampliado e mutante caracteriza o estágio do conhecimento na atualidade. Essas alterações refletem-se sobre as tradicionais formas de pensar e fazer educação. Abrir-se para as novas educações, resultantes de mudanças estruturais nas formas de ensinar e aprender possibilitadas pela atualidade tecnológica, é o desafio a ser assumido por toda a sociedade. (KENSKI, 2012, p. 41).

As tics aliadas ás boas práticas pedagógicas podem contribuir efetivamente no processo de alfabetização. De acordo com a educadora e presidente do Sindicato das Escolas Privadas do Amazonas (Sinepe/Am), Elaine Saldanha, (2017) “Enquanto estão mexendo em um computador ou tablet, as crianças desenvolvem a concentração e o raciocínio lógico". Nessa fase é preciso que o professor estimule os alunos a conhecer o alfabeto de maneira lúdica e criativa, por isso deve implementar nas aulas, sites e aplicativos voltados para leitura e escrita. Antes de tudo, é preciso identificar em qual hipótese silábica o aluno se encontra para que sejam divididos em grupos.  Na sala de informática estimular o acesso a plataformas como: O pé de vento, site com jogos, músicas, contação de histórias e conteúdos, nele o jovem aprende com aventuras de todos os tipos. Voltada para alunos do primeiro ano, a ferramenta reúne diferentes atividades. O HagáQuê desenvolvido pelo Instituto de Computação da Unicamp, é um software educativo de apoio a alfabetização e ao domínio da linguagem escrita, que auxilia as crianças a criarem histórias em quadrinhos.

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