quinta-feira, 7 de agosto de 2014

QUANDO COMEÇAMOS A MORRER?

Começo a pensar e me vem cada ideia na cabeça. Hoje fiquei pensando em quando começamos a morrer. Na minha concepção de vida, ninguém morre de repente. Nós vamos morrendo aos poucos, alguns demoram mais, outros demoram menos, mas no fim, todos morrem. Cheguei a algumas conclusões: começamos a morrer quando perdemos nossos ente queridos. O primeiro grande baque acontece quando perdemos, por exemplo, nosso pai. Os pais sempre morrem primeiro, repararam. (me deu medo agora) As vezes são as mães, mas, via de regra, os pais puxam a fila. Quando isto acontece, nós filhos, que aqui ficamos, perdemos muito de nossa alegria. Perdemos aquele sentimento de conforto, de segurança. Para filhos homens então: quem vai se orgulhar de nossas conquistas?. É um sentimento de perda irreparável. Nessa hora, morremos um pouco (que é muito). Perdemos tios ou tias queridos(das) e outros parentes que também deixam a nossa vida mais vazia. Assim, morremos mais um pouquinho. O baque final, aquele que nos joga de cabeça no buraco, nos encaminha para a hora derradeira vem com a perda da mãe. Nesta hora o mundo treme. Para onde vamos voltar se tudo der errado? E agora o que vai ser da família? Onde vamos nos reunir para qualquer coisa? Perdemos a referência maior. Talvez até demoremos mais a morrer, mas nossa vida perde muito do brilho (senão todo). O que nos salva são nossos filhos e netos. Viram a luz de nossa vida. Nossa esperança de sobrevida na escuridão do futuro. Bom, para quem perde um filho, sinto dizer: a morte já chegou, apenas nosso corpo terreno teima em não cair, mas já jaz sem vida.

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