sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Leitura desde sempre: bebês devem ter acesso aos livros

Os recém-nascidos são uma incógnita: poucos pais sabem por que choram, o que balbuciam e o que sentem quando mordem ou destroem objetos. Na fase dos seis meses aos três anos, a criança apreende ao máximo o mundo à sua volta, mas, obviamente ainda não sabe ler. Isso não significa que colocá-las em contato com os livros seja inútil. Pelo contrário, elas reproduzem os sons do adulto que conta a história e passam a prestar cada vez mais atenção às conversas. "Ao ouvir histórias e ler imagens, bebês e crianças aprendem novas palavras, conhecem e nomeiam situações, animais e objetos e tornam-se capazes de compreender os textos que ouvem", afirma Denise Silva Rocha Mazzuchelli, psicóloga do Instituto Alfa e Beto (IAB) – entidade que, junto com a Câmara Brasileira do Livro e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, instalou o espaço Biblioteca do Bebê na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo. 

A psicóloga dará uma palestra no estande no dia 14 de agosto, às 11h, sobre dicas e orientações quanto a esse tipo de leitura. Quem não puder comparecer, terá acesso a cartilhas que explicam como ler, o que ler, por que ler e quando ler para as crianças desde o berço. De acordo com Denise, a leitura precoce amplia o vocabulário ao mesmo tempo em que "motiva as criaças para novas descobertas e interesses, além de expandir seu conhecimento sobre as pessoas e o mundo". Dessa maneira, desejarão aprender a ler mais cedo e entrarão no universo escolar com mais entusiasmo e interesse. Além de ajudar em seu desenvolvimento, a leitura estreira os laços familiares. "Quando pais e filhos se encontram para ler, cria-se um tempo especial de relacionamento, que o excesso de trabalho e obrigações, por vezes, dificulta", afirma Denise. 

Os livros indicados para esta faixa etária abordam temáticas que compõem a vida qualquer criança muito pequena: fotos de bebês, expressões, objetos e cenas familiares, rotinas do dia, veículos, animais, natureza, palavras, sons, rimas e onomatopeias. Depois dos três anos, quando a criança passa a ter maior capacidade de concentração e compreensão do que ouve, ela começa a se interessar por aventuras, contos, fábulas, histórias com explicações sobre o funcionamento das coisas e livros informativos. 



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