Os distúrbios alimentares são um problema sério que preocupa especialistas em saúde, educadores e familiares. Muitas pessoas em diferentes cidades e realidades sofrem com questões como anorexia, bulimia, compulsão alimentar e outros desafios que afetam o corpo e a mente. O modo como enxergamos a alimentação e o próprio corpo pode ser influenciado pela publicidade, pelo cinema, pelas revistas e pelas redes sociais. A imagem de “corpo perfeito” mostrada nesses meios altera a forma como os alunos se percebem e podem despertar inseguranças profundas.
Na escola de tempo integral, onde os estudantes passam muitas horas do dia, a alimentação deveria ser saudável, equilibrada e garantir o bem-estar de todos. Porém, pode acontecer de alguns alunos evitarem o lanche ou as refeições por estarem enfrentando algum distúrbio alimentar. Os educadores, coordenadores e responsáveis pela merenda precisam estar atentos a sinais como o isolamento, recusa da alimentação, ansiedade, baixa autoestima ou conversas sobre peso e corpo. O acolhimento sem julgamento é fundamental.
As instituições educacionais devem criar um ambiente seguro, promover rodas de conversa sobre saúde, bem-estar, alimentação, respeitar os diferentes corpos e incentivar hábitos positivos. Quando um caso é identificado, o ideal é conversar com a família, orientar para buscar acompanhamento médico, nutricional e psicológico, além de envolver a equipe escolar no apoio ao aluno.
A sociedade valoriza exageradamente a imagem e isso faz com que muitas pessoas sofram em silêncio. Para não estigmatizar quem enfrenta distúrbios alimentares, é importante evitar comentários negativos sobre peso, corpo ou aparência, promover a empatia e o respeito, acolher e apoiar em vez de criticar. Prevenção passa por informação, por debates abertos e pela promoção de autoestima e cuidado com cada estudante.
Nas escolas de tempo integral, a parceria entre escola e família é essencial: orientar quanto à alimentação balanceada, evitar punição ou pressão sobre a comida, tratar o tema de maneira sensível e responsável, acompanhando o aluno de perto. O combate aos distúrbios alimentares envolve conhecimento, diálogo e respeito, garantindo que todos possam crescer saudáveis, felizes e bem alimentados.