sábado, 20 de setembro de 2025

A casa que educa e a escola que temos

Na crônica A casa que educa, Rubem Alves nos provoca a pensar em uma escola que seja viva, que ensine por meio da experiência, da invenção e da construção. Quando cita Amyr Klink, ele nos lembra que “as crianças aprendem tudo o que devem aprender construindo uma casa viking”. Nesse simples exemplo, percebemos o quanto o aprendizado se torna significativo quando está ligado ao fazer, à curiosidade e à prática.

No entanto, quando olhamos para a educação brasileira atual, percebemos ainda um abismo entre esse ideal e a realidade. Muitas vezes, a escola é reduzida a um espaço de transmissão mecânica de conteúdos, distante da vida real das crianças. Rubem Alves já denunciava: “Toda a nossa história passada, desde os tempos das cavernas, é a história dos homens aprendendo a fazer a natureza fazer o trabalho por eles”. Mas, nas salas de aula, ainda insistimos em práticas que não libertam, que não preparam os alunos para pensar, criar e transformar.

A educação que temos hoje, em muitas redes, valoriza mais a memorização do que a descoberta. Em vez de permitir que o aluno construa, experimente e erre, continuamos a privilegiar provas que medem apenas a repetição. Essa lógica contribui para o desinteresse, a evasão e a falta de sentido que muitos estudantes relatam.

Caminhos possíveis

Se seguirmos o chamado de Rubem Alves, precisamos repensar nossas práticas pedagógicas, para que a escola seja mais próxima da vida. Projetos interdisciplinares, metodologias ativas, oficinas, trabalhos coletivos e aprendizagem baseada em problemas são alternativas que podem aproximar o saber escolar do saber cotidiano.

Também é preciso investir em infraestrutura, valorização docente e currículos que respeitem a diversidade cultural e regional do Brasil. Uma escola que ensine construindo é uma escola que forma cidadãos criativos e críticos, preparados para enfrentar os ventos contrários da vida, como os navegadores que aprenderam a usar as velas.

Rubem Alves nos deixou um alerta que permanece atual: a escola deve ser lugar de encantamento e não de enfado. Como ele mesmo disse: “Peça a um professor para lhe explicar isto”. A resposta não está pronta: precisa ser inventada todos os dias, dentro da sala de aula, no diálogo entre professor, aluno e comunidade.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Saúde e Fé

O Salmo 91 é um dos mais belos cânticos de confiança e esperança, lembrando-nos que a fé é uma fonte de proteção e força em todos os momentos da vida. Quando enfrentamos dificuldades, preocupações ou até mesmo questões relacionadas à saúde, encontramos nele palavras que confortam e renovam nosso espírito.

“Quem habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” Essa promessa nos mostra que a fé é um refúgio seguro, capaz de trazer paz interior mesmo em meio às incertezas. A confiança em Deus nos ajuda a enfrentar o medo, fortalecer a mente e o coração, e isso se reflete também em nosso bem-estar físico e emocional.

A saúde não é apenas a ausência de doenças, mas também o equilíbrio entre corpo, mente e espírito. A fé, por sua vez, é um remédio poderoso, que alimenta a esperança e nos impulsiona a seguir firmes. Quando unimos saúde e fé, encontramos um caminho de vida mais leve, cheio de coragem e confiança.

Assim, o Salmo 91 nos ensina que, mesmo diante de desafios, podemos descansar na certeza de que não estamos sozinhos. A fé fortalece a saúde da alma, e a saúde do corpo se beneficia quando o coração está em paz. Viver com fé é cultivar diariamente um espírito de gratidão, esperança e confiança em Deus, que cuida de nós em todos os momentos.