Não importa o tempo, a distância ou a inevitabilidade da vida, a verdade é que perder alguém que amamos sempre será cedo demais. Se fosse hoje, há cem anos ou daqui a duzentos, nunca estaríamos prontos.
A despedida sempre chega como um vento forte e inesperado, derrubando certezas e espalhando saudades. Pode ser que tenhamos tido tempo para uma última conversa, um último abraço, um último “eu te amo”, mas mesmo assim, a sensação será de que foi pouco, de que deveria haver mais.
O vazio deixado por aqueles que partiram nunca é preenchido completamente. Nos acostumamos com a ausência, aprendemos a caminhar com a dor, mas nunca deixamos de sentir que, se pudessem ficar só um pouco mais, tudo seria melhor.
E talvez seja isso o que torna as lembranças tão valiosas. Elas nos permitem sentir um pouco da presença que nos falta, nos fazem reviver os risos, os gestos, os momentos que foram eternizados no coração.
Porque quem amamos nunca parte completamente. Vivem nos detalhes, no jeito de falar, no perfume esquecido em uma roupa, na música que toca e nos faz fechar os olhos, lembrando de um tempo que foi e que, mesmo assim, sempre será nosso.
Sim, sempre vai ser cedo demais. Mas enquanto carregamos o amor, nunca será tarde para recordar.